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Archive for the ‘Grandes Síndromes Geriatricos’ Category

Depressão no idoso

A organização Mundial da Saúde estima que aproximadamente 1 de cada 10 idosos residentes na comunidade, 60% dos idosos institucionalizados sem comprometimento cognitivo, 25% dos idosos hospitalizados ou em unidades de atendimento primário sofrem depressão.
É mais prevalente no sexo feminino, na presença de história familiar, baixo nível sociocultural e de escolaridade, portadores de doenças físicas e psiquiátricas, sem religião e que usam fármacos como digoxina, inibidores das ECA, bloqueadores dos canais de cálcio, betabloqueadores, antipisicóticos atípicos, metoclopramida, corticóides e interferon-alfa.
O diagnóstico é baseado nos critérios do DSM-IV, que classifica os transtornos depressivos em depressão maior, distimia e transtorno depressivo não especifico.

Para o rastreio da depressão usamos a Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15) e a escala de Cornell (ECDD) se ela estiver associada a demência.

Se o resultado da GDS-15 é igual ou superior a 5, caracteriza depressão; sendo que se o resultado for maior que 11, caracteriza depressão grave.

A escala de Cornell tem 19 ítens que deveram ser avaliados como grave (2 pontos) e moderado (1 ponto); a pontuação máxima é 38.

O tratamento combinado de psicoterapia individual e farmacológico tem maiores taxas de sucesso. A eletroconvulsoteria é o tratamento mais eficaz, porém não é utilizado como terapia inicial.

Classes antidepressivos
– Tricíclicos ( bloqueadores de serotonina,noradrenalina e dopamina): também indicados para dor crônica; dar preferencia à Nortriptilina e fazer avaliação cardiológica antes do inicio do tratamento.
– Inibidor seletivo da recaptação de serotonina: Citalopram, escitalopran e sertralina entre os mais indicados para idosos; podem causar hiponatremia por secreção inapropriada do hormônio antidiurético.
– Inibidor da receptação da noradrenalina: Bupropiona; também utilizada para cessação do tabagismo, não interfere no desempenho sexual e é contraindicada a pacientes com epilepsia,bulimia e em uso concomitante de benzodiazepínicos.
– Inibidor da receptação de serotonina e noradrenalina: Venlafaxina, desvenlafaxina; apresenta risco dose dependente de hipertensão diastólica.
– Inibidor da receptação de serotonina e noradrenalina na mesma proporção: Duloxetina; também utilizada para tratamento de dor crônica e incontinência urinária de esforço.
– Inibidor da receptação de serotonina e noradrenalina por antagonismo alfa 2 : Mirtazapina; leva a ganho peso e sedação.
– Inibidor da receptação de serotonina e bloqueio do receptor de serotonina 2A: Nafazodona e trazodona; apresentam ação sedativa pelas propriedades anti-histamínicas; a trazodona pode causar priapismo e o efeito antidepressivo é apenas observado com doses altas (quase nunca utilizada isoladamente como antidepressivo).

Disfunções miccionais no idoso

O termo sintomas do trato urinário inferior (STUI), abrange sintomas de armazenamento, esvaziamento e sintomas pós-miccionais, e tais sintomas são altamente prevalentes em idosos. Suas principais causas são a hiperplasia benigna da próstata (HBP) e síndrome da bexiga hiperativa (SBH).
A incontinência urinária (IU) é uma síndrome multifatorial sendo até 3 vezes mais comum nas mulheres do que nos homens com menos de 80 anos. Após essa idade, ambos os sexos são igualmente afetados. Estima-se que o 30% dos idosos na comunidade e 50% dos idosos institucionalizados teriam IU.
Os sintomas de armazenamento (natureza irritativa) são: Aumento de freqüência, noctúria, urgência, IU, incontinência de esforço e urgeincontinência.
Os sintomas de esvaziamento (natureza obstrutiva) são: Jato fraco, estrangúria, hesitância, intermitência e esforço miccional.
Os sintomas pós-miccionais são: esvaziamento incompleto e gotejamento pós-miccional.
Os STUI, nos homens, seriam por HBP, a qual compromete o fluxo urinário.
A SBH é definida como uma síndrome que inclui urgência miccional, com ou sem incontinência, geralmente com aumento da freqüência e noctúria, na ausência de condiciones metabólicas ou patológicas que possam produzir tais sintomas urinários.
A SBH é a causa mais comum de IU no idoso, e junto à HBP compreende a grande maioria dos homens com STUI.

Drop Attacks

Drop Attacks é um tipo de queda não muito comum entre idosos, geralmente descrito como um “afrouxamento das pernas”. O indivíduo cai sem perda de consciência e pode ter muita dificuldade para se levantar .